quinta-feira, abril 28, 2005

intervalo comercial

oiê, rapaziada! vou passar a tarde deste sábado lá na praça benedito calixto, fazendo um (não)lançamento do "como dois e dois são cinco", e ficaria felicíssimo de receber visitas sem cerimônia dos amigos... faremos uma tarde excelente, com direito a roberto&erasmo&wanderléa, literatura, vinis antigos, CDs usados, antigüidades, paqueras, biritas nos bares ao redor, comidinhas de minas e do japão e... aquele tradicional e delicioso cheirinho de acarajé com vatapá!!!

a partir das 14h! (vai aí reproduzido o release, quebrando o eixo e enfiando LeTrAs MaIúScUlAs neste espaço minúsculo)


O AUTOR NA PRAÇA

Apresenta

Pedro Alexandre Sanches


Pedro Alexandre Sanches é o próximo convidado do projeto O Autor na Praça, dia 30 de abril. Sanches estará autografando o livro Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa). O cartunista Júnior Lopes marca presença realizando caricaturas, além da participação de outros artistas convidados. Informações sobre o convidado e o livro abaixo.

SERVIÇO:
O AUTOR NA PRAÇA – Pedro Alexandre Sanches com o livro Como dois e dois são cinco.
Dia 30 de abril, Sábado, 14h – Entrada Franca.
Espaço Plínio Marcos – Feira de Artes da Praça Benedito Calixto
Informações: Edson Lima – Tel. 3085 1502 / 9586 5577 – oautornapraca@oautornapraca.com.br
Realização e Produção: Edson Lima e Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto

Sobre Pedro Alexandre Sanches e o livro:

"Como dois e dois são cinco" - Um estudo sobre Roberto Carlos, Erasmo, Wanderléa e suas relações com a música e a política do Brasil dos últimos 40 anos

"Traquinagens à parte, quero defender aqui: Roberto Carlos é um dos mais intensos e completos sinônimos de Brasil que já existiram, quase assim um mito do nosso folclore. Nutrido do misto de amor e resistência (repulsa?) que todos sentimos por ele, Roberto poderia se chamara Brasil"
Pedro Alexandre Sanches

Cantor mais popular do país, recordista de vendas por mais de três décadas. Ícone nacional que divide com Pelé o status monárquico de "Rei". Compositor junto com Erasmo Carlos de clássicos e clássicos da música popular, desde "Quero que tudo vá para o Inferno" (1965) e "Nas curvas da estrada de Santos" (1969) até "Detalhes" (1971) e "Mesmo que seja eu" (1982). Figura politicamente polêmica, ao tentar-se apolítico. Com toda sua importância e influência, era de se perguntar por que, até hoje, sua obra, carreira e impacto imensos na cultura nacional nunca tinham sido analisados a fundo. Preconceito?

"Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)", de Pedro Alexandre Sanches, é uma análise social e ao mesmo tempo emotiva da obra e trajetória de "RC" e dos dois outros grandes ícones (o "Tremendão" e a "Ternurinha") da jovem guarda. Um diálogo entre a música e a política, as mudanças no comportamento e no cenário musical das várias épocas que atravessaram. As contradições e a relação complexa da dupla de compositores com o regime militar, a TV Globo, a Igreja Católica, a "MPB" mais tradicional, as influências latinas e norte-americanas, o status quo e a vanguarda dos movimentos hippie e black power. E as idas e vindas na carreira da cantora que, "ternurinha", viu ao longo da sua carreia mudanças e mudanças na condição da mulher diante do machismo reinante na sociedade.

Segundo livro de Sanches, "Como dois e dois" segue buscando analisar a produção das últimas décadas da música brasileira e suas influências no cenário atual. Se em "Tropicalismo - Decadência bonita do samba" dissecava a obra dos tropicalistas Gil e Caetano, dos "tradicionais" Chico Buarque e Paulinho da Viola e de Jorge Ben(Jor), agora o foco se aproxima da música ainda mais popular, industrial, comercial, e ao mesmo tempo também brasileira dos Carlos. Nesse projeto estão os "capítulos-pausa" do livro, que tratam da trajetória de artistas que seguiram, entre sucessos e percalços, caminhos diferentes dos do "Rei", por isso tratados no livro como "anticarlistas": Marcos Valle, Raul Seixas, Tim Maia, Belchior, Rita Lee e, em sua controversa trajetória, Wilson Simonal.

"Como dois e dois" traz o Brasil dos Carlos que tocou e toca nas rádios e TVs, da renúncia de Jânio Quadros até a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre o conservadorismo e a modernização, que muitas vezes por aqui surgem sem estar claro o que é o que, o livro desvenda, pela análise do "arquétipo" Roberto Carlos, muito do país do qual ele é Rei.

Pedro Alexandre Sanches nasceu em Maringá (PR), em 1968. É jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP, trabalhou entrde 1994 e 2004 na Folha de S.Paulo, nas funções de redator, repórter e crítico musical, e escreve atualmente na revista CartaCapital. Publicou em 2000, também pela Boitempo, o livro "Tropicalismo – Decadência bonita do samba", com análises das obras de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Ben, Chico Buarque e Paulinho da Viola.

"Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)" – 416 págs. – R$ 68,00