quarta-feira, outubro 29, 2008

cê tá pensando que eu sou loki, bicho? pra ter fonfom trabalhei, trabalhei.

eles são muitos, mas dois documentários brasileiros sobre figuras da música que vi nos últimos tempos me impressionaram especialmente.

um deles, a que assisti no domingo que passou, é "loki", sobre o ex-mutante (ou sempre-mutante) arnaldo baptista, dirigido por paulo henrique fontenelle para o canal brasil (ao que parece, será exibido na tv paga e não irá a circuito nas salas comerciais, apesar de ter sido disputadíssimo na mostra de cinema).

o outro, centrada na figura para sempre controversa de wilson simonal, é "ninguém sabe o duro que dei", do "casseta" claudio manoel em trio com os jovens micael langer e calvito leal. embora há uns vários meses tenha visitado umas pré-sessões por aí (testemunhei duas delas, ambas para platéias lotadas, emocionantes e emocionadas), não estreou oficialmente até hoje.

bem, são sobre figuras, se formos usar o surrado chavão, "malditas". como o comércio de cinema pode assimilá-las não é assunto que eu me anime a tentar discutir aqui.

o que me impressionou foi uma outra coisa, de uma outra natureza, que já tinha sentido ao ver simonal e percebi consolidada quando estava frente a frente com arnaldo. é que, de maneira assim tão intensa, extensa e aprofundada, eu nunca antes havia tido acesso amplo e prolongado a imagens em movimento daqueles caras, daqueles tempos e de seus arredores.

simonal foi o primeiro - e maior - susto. o que era aquele homem em movimento?, ao vivo e em cores?, eu me pergunto e te pergunto. estarrecedor, especialmente nas cenas de cumplicidade ampla, geral e irrestrita entre ele e a sra. sarah vaughan.

quanto a arnaldo, de novo, o mesmo baque, com o adendo de que reaparecem ao lado dele se movimentam freneticamente pela telona os mutantes, a jovem rita lee, a tropicália, o rock brasileiro em tempos de ai-5.

nesse último caso, é possível ver em detalhes e mais ou menos na íntegra a apresentação de "domingo no parque" por gilberto gil e os mutantes, no festival da música brasileira de 1967. umas imagens que, eu aprendera, haviam sido irremediavelmente perdidas nos esquisitíssimos incêndios da tv record. ou eu aprendi errado. ou as imagens não pegaram tanto fogo assim e andam por aí escondidas em poder de sei lá eu quem.

enfim, a surpresa de simplesmente poder ver esses documentários me parece tão impactante quanto as histórias fabulosas, entre grimm, shakespeare e freud, que os celulóides desenrolam. e aí a pergunta que ribomba é: onde é que essas imagens andaram esse tempo todo?, como e por que é que o brasil as escondeu (e ainda esconde) por tantas décadas?

para que inventaram fita vhs, dvd, blu-ray, se não servem para trazer de volta um pouco do que há de mais precioso no nosso passado? para lançar dvd do show ao vivo do disco ao vivo do show do disco de estúdio, a voz do morto?

e ainda resmungam e não conseguem compreender como e por que é que tomaram conta do pedaço a pirataria (essa criminosíssima via de democratização da arte, da cultura, do entretenimento e das abobrinhas), o download e o youtube (sim, ali, no youtube, há fragmentos de quase tudo um pouco, aperitivos de secos & molhados, novos baianos & outros caetanos)? ãhã.

pois então, os documentários musicais (e "musicais") pululam, de rita cadillac (eu vi, ela cantando "é bom para o moral" no carandiru!) a marisa monte (ainda não tive "tempo" de ir...). ainda não são suficientes para minar a perplexidade de perceber quanto tempo e quanta matéria já se perdeu pelo caminho. mas são evidências concretas de que o novelo "já" se desenrosca, de que, com fogo e fôlego, novas soluções "já" apostam uma bela corrida, nariz a nariz, com os velhos problemas de sempre.

(ah, sobre o conteúdo dos documentários? quem sabe depois a gente conversa mais...)

sexta-feira, outubro 24, 2008

geni e o zepelim

já de volta dos climas sulistas, entro no espírito pré-eleitoral e presto minhas "homenagens" aos dois candidatos cá da minha cidade, na forma de letras de canção.


primeiro, um tema que me faz lembrar de gilberto kassab. vale na voz do autor, ou então na do paulinho da viola.

falso moralista
(nelson sargento)

você condena o que a moçada anda fazendo/ e não aceita o teatro de revista/ arte moderna pra você não vale nada/ até vedete você diz não ser artista

você se julga muito bom e até perfeito/ por qualquer coisa deita logo falação/ mas eu conheço bem o seu defeito/ e não vou fazer segredo, não

você é visto toda sexta no joá/ e não é só no carnaval que vai pros bailes se acabar/ fim-de-semana você deixa a companheira/ e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira

segunda-feira chega na repartição/ pede dispensa para ir no oculista/ e vai curar sua ressaca simplesmente/ você não passa de um falso moralista


e então, ao que interessa, uma canção que me faz lembrar de minha candidata, marta suplicy. e o lembrete: no enredo original, da "ópera do malandro", essa geni de que fala o chico é uma travesti.

geni e o zepelim
(chico buarque)

de tudo que é nego torto/ do mangue e do cais do porto/ ela já foi namorada/ o seu corpo é dos errantes/ dos cegos, dos retirantes/ é de quem não tem mais nada/ dá-se assim desde menina/ na garagem, na cantina/ atrás do tanque, no mato/ é a rainha dos detentos/ das loucas, dos lazarentos/ dos moleques do internato/ e também vai amiúde/ com os velhinhos sem saúde/ e as viúvas sem porvir/ ela é um poço de bondade/ e é por isso que a cidade/ vive sempre a repetir

joga pedra na geni/ joga pedra na geni/ ela é feita pra apanhar/ ela é boa de cuspir/ ela dá pra qualquer um/ maldita geni

um dia surgiu, brilhante,/ entre as nuvens flutuante/ um enorme zepelim/ pairou sobre os edifícios/ abriu dois mil orifícios/ com dois mil canhões assim/ a cidade apavorada/ se quedou paralisada/ pronta pra virar geléia/ mas do zepelim gigante/ desceu o seu comandante/ dizendo "mudei de idéia/ quando vi nesta cidade/ tanto horror e iniqüidade/ resolvi tudo explodir/ mas posso evitar o drama/ se aquela famosa dama/ esta noite me servir"

essa dama era geni/ mas não pode ser geni/ ela é feita pra apanhar/ ela é boa de cuspir/ ela dá pra qualquer um/ maldita geni

mas de fato logo ela/ tão coitada, tão singela/ cativara o forasteiro/ o guerreiro tão vistoso/ tão temido e poderoso/ era dela prisioneiro/ acontece que a donzela/
- e isso era segredo dela -/ também tinha seus caprichos/ e a deitar com homem tão nobre/ tão cheirando a brilho e a cobre/ preferia amar com os bichos/ ao ouvir tal heresia/ a cidade em romaria/ foi beijar a sua mão/ o prefeito de joelhos/ o bispo de olhos vermelhos/ e o banqueiro com um milhão

vai com ele, vai, geni/ vai com ele, vai, geni/ você pode nos salvar/ você vai nos redimir/ você dá pra qualquer um/ bendita geni

foram tantos os pedidos/ tão sinceros, tão sentidos/ que ela dominou seu asco/ nessa noite lancinante/ entregou-se a tal amante/ como quem dá-se ao carrasco/ e ele fez tanta sujeira/ lambuzou-se a noite inteira/ até ficar saciado/ e nem bem amanhecia/ partiu numa nuvem fria/ com seu zepelim prateado/ num suspiro aliviado/ ela se virou de lado/ e tentou até sorrir/ mas logo raiou o dia/ e a cidade em cantoria/ não deixou ela dormir

joga pedra na geni/ joga bosta na geni/ ela é feita pra apanhar/ ela é boa de cuspir/ ela dá pra qualquer um/ maldita geni

segunda-feira, outubro 20, 2008

morena, quem temperou?

com o coração apertado, me ausento da "minha" cidade nestes dias semifinais da eleição para a prefeitura (mas volto para votar, ah, se volto, você sabe em qual das candidatas).

estou em canela, rio grande do sul, estado natal da minha mãe, tão mexido com as casas de madeira com ripa iguais à que eu morava quando era pequeno em maringá, paraná... aqui também tem candidata mulher, e parece que o saxismo, só pra variar, vai falando mais alto.

mas, então, estou num treco chamado "festa nacional da música", tentarei mandar notícias, caso existirem.

em troca, que tal se vocês me ajudassem a não ficar totalmente alheio às fervuras da semana (a de são paulo, sobretudo, pessoal das margens plácidas e pútridas do tietê)? sobre seqüestro de mocinha confesso que não quero saber nada, não. mas e a polícia civil?, e a eleição?, e a eleição?, e a eleição?

segunda-feira, outubro 13, 2008

ostras & mariscos

então, a campanha à prefeitura de são paulo finalmente esquentou. e com riscos evidentes de descambar para a baixaria. e com o pt numa posição perigosa, de viés aparentemente moralista, em nicho sempre antes ocupado por malufs e pfls.

a pauta, posso falar com todas as letras?, é se kassab, o candidato do pfl, é ou não é homossexual. na campanha petista e nos jornais "aprendemos" que a questão é se ele é ou não casado, se tem ou não filhos, e o que dizem a respeito dele esse ter-ou-não-ter, esse ser-ou-não-ser.

mas, ai, ninguém aqui é idiota, não precisamos ficar aqui fingindo que a coisa não é o que é, precisamos?

pois então, terreno minado, zona de trincheira, confusões entre público & privado...

mas, que seja. parece fofoca maldosa (e dependendo do tom fica sendo mesmo), mas lá no fundo estamos diante de um debate interessantíssimo, importantíssimo, de altíssima relevância. peitemos. peitemos?

a questão subjacente talvez seja: é fatal, um dia o brasil terá um-a governante (prefeito-a, governador-a, presidente-a) homossexual assumido-a, resolvido-a, tranqüilo-a consigo mesmo-a, disposto-a a dar exemplo positivo nessa questão tão delicada.

(e, atenção, o termo-chave aqui é "assumido", pois historicamente as bocas fofoqueiras nunca foram de se calar - alô, dona luiza, alô, seu aécio, alô, seu orestes).

pois então, um dia o brasil terá governantes abertamente gays (e bissexuais e isso e aquilo e aquilo outro), como já aconteceu e acontece em vários lugares do mundo (não custa lembrar, nós vivemos um momento histórico espetacular, de inúmeros governantes que são representantes de, er, "minorias" - alô, seu evo, seu hugo, seu luiz inácio, dona michelle, dona cristina, quiçá seu barack).

teremos dado mais um pulo célere rumo ao futuro, quando acontecer conosco, a saída do armário dos políticos de identidade sexual minoritária.

é irônico que, neste momento, pertença ao partido mais conservador do brasil, à direita da direita, a possibilidade de ocupar pioneirismo nesse campo (isso se kassab for de fato gay, bem entendido). e que marta fique fula da vida também por isso, a sexóloga esclarecida e liberada tendo de aturar o enrustimento covardão do outro (obrigado por esse insight, gabriel!).

sim, soam espúrios os ataques petistas. vão-se atrás os tempos em que era o seu maluf que dizia "estupra, mas não mata" e era o sr. josé (o filho da dona serafina) quem tecia armações escrotas (machistas? sexistas?) contra dona roseana (alô, sra. dilma?!, está na fila?!). e, fazendo-de-conta, er, que o prefeito seja mesmo homossexual, nem parece muito justo que o flanco mais vulnerável desse iceberg seja, "coincidentemente", o daquele indivíduo que, "melhor" que vários de seus pares passados e presentes, não se casou para manter aparências, não fez fachada, não contratou esposa ou namorada de aluguel, não providenciou filhotes adotivos (ou legítimos) para apresentar à sociedade durante a campanha, aquele enfim que teria escolhido omitir, mas não fingir.

mas aí, putzgrila, você abre a página virtual do jornal da dona serafina e vem lá o "outro lado" do candidato, o lado obscuro da lua, a mentira tosca, fugidia, desidentitária (se é assim quanto à identidade, não será também nos fronts político, econômico, ético etc.? é esse ponto, aliás, que a adversária tenta tatear subliminarmente, talvez desastradamente):

"Segundo a Folha apurou, o prefeito se preparou para entrar no assunto quando for questionado. A resposta é que não se casou porque não houve oportunidade e também porque a vida pública tomou uma proporção que deixaria uma vida familiar em segundo plano".

não, se for assim, não será do seu kassab, nem do "dem", nem do complexo tucanopefelista a primazia de inverter paradigmas, de se reinventar, de humanizar a "direita". continuará somente no colo feminino da dona marta o tranco de tomar de frente toda a saraivada moralista anti-divórcio (ou eu deveria dizer anti-desquite?), anti-recasamento, anti-amor-na-maturidade, anti-direito-de-livre-gozar. ela se diz magoada, e não é para menos.

mas, magoada, quer magoar?, "me fere de lá que te machuco de cá"? ou tem direito de reivindicar do adversário (ou melhor, do homem que pode vir a governar sua cidade) a mesma fibra de identidade que sempre possuiu?

afirmar identidade ou camuflar identidade? taí todo um edifício para a reflexão, o pensamento, o debate, a discussão. cada um (de nós) que faça suas apostas, com seu próprio imaginário no cangote.

eu sou pela identidade, sempre, mas isso é só opinião, lugar-no-mundo, torcida, sonho. é ideologia, não é (ou tomara que não seja) dogma. mas, deixa eu falar? se o-a homem-mulher público-a deve ser cobrado-a em sua honestidade, retidão, capacidade etc. blablablá, não vejo porque não deva também ser cobrado-a em sua sinceridade, identidade, tranqüilidade, bem-estar-consigo-mesmo-a, responsabilidade política (o que inclui, evidentemente, o sexo, o amor, a afeição, o afeto, o ódio, o rancor, a mágoa, alô, seu roberto, o carlos).

o que estou querendo dizer, o tempo todo: por trás da malha da intriga e da cortina de fumaça da fofoca, estamos diante de uma discussão de suma importância, que talvez só o mundo pós-"big brother" pudesse mesmo proporcionar. tomara que esse debate prossiga em nível mais elevado, e, de todo modo, bem-vindos sejamos ao futuro, portanto!, viva nós!

p.s.: estranho como, em meio a isso tudo, são paulo caminha para algo parecido com as prévias hillary versus obama, mulher versus negro/muçulmano, minoria contra minoria (só para variar). essa talvez seja a parte menos ruim, mas são paulo não sai daquela nóia datada de querer imitar os eua, ser os eua, evidenciar o que tem de reacionária (alô, dona "veja"!), naquela medida dos fanáticos fundamentalistas do capitalismo dos desestados desunidos da desamérica. ô, sina (ou eu poderia "relaxar", "gozar" e usar em vez de "sina" a palavra "desejo"?), será que são paulo não encontraríamos referenciais mais saudáveis e criativos para encontrar nosso lugar no mundo?

atualização às 19h07 de quarta-feira 15 de outubro:

parte do texto acima já foi desatualizada pelos fatos. kassab já foi à sabatina da serafina declarar que não é gay [o itálico aí eu usei para parodiar o ambiguíssimo título daquele livro do ali kamel, "não somos racistas", o "somos racistas" impresso em negro e o "não" destacado em vermelho; sempre fiquei intrigado com essa jogadinha e nunca a entendi, mas acho que agora comecei a entender...]. e que "existem mil garotas querendo passear comigo", ou coisa parecida. não vou dizer que roberto carlos completava dizendo "mas é por causa do meu calhambeque". mas, confesso, sou um alcoviteiro, e, sim, eu queria saber se ele quer casar com mil e(ou) uma garotas...

quinta-feira, outubro 02, 2008

em edição extraordinária

o comentário abaixo eu fiz e publiquei originalmente na caixinha vermelha do tópico anterior. mas acho que é o caso de promovê-la a tópico, em vez de ficar aqui vermelho de raiva pela cara-de-pau dessa tropa serafínica de elite (*). vai aí o re-texto.

do nelson de sá, no jornal da serafina:

"SERRA 2010
O iG, com link para blog, manteve anteontem no ar, por horas seguidas, a manchete 'Para Carlos Montenegro', do Ibope, 'dá José Serra em 2010'. O ombudsman do portal criticou, perguntando se é 'opção eleitoral'".

aí fui ver o ombudsman do ig, o mário vitor santos (que já foi ombudsman do jornal da serafina), e pelo que ele mostra a coisa é pior ainda - a "manchete" que ficou a tarde inteira no ig é "Para Montenegro, dá Kassab agora e Serra em 2010". alguém já viu campanha eleitoral mais escancarada que esta? e as manchetes em pílulas, uma por dia, e o título reluzente do jornal da serafina, "Kassab tira votos de Alckmin e Marta na periferia de SP"? eta, bote armado, hein?

e tudo bem, querem fazer campanha façam, mas custava o jornal da serafina, o ig & cia. saírem do armário, admitirem abertamente que não são apartidários, nem neutros, nem pluralistas, e se jogarem na campanha de frente, e não de costas na base do punhalzinho sorrateiro? arre.

aqui, copio o ombudsman do ig, até porque contém a manifestação de sua excelência, o leitor, cada vez mais em processo de divórcio com serafinas & concubinas afins:

"Internauta ataca palpite infeliz no iG

Foi de fato muito estranha a permanência da manchete do iG ao longo de toda a tarde e boa parte da noite de ontem para a manchete 'Para Montenegro, dá Kassab agora e Serra em 2010'. Trata-se de um palpite do diretor do Ibope Carlos Augusto Montenegro e veiculado pelo blog do jornalista Ricardo Kotscho. Confira a mensagem precisa do leitor Helio M. Figueiredo Jr.:

'Esta previsão do Montenegro, feita no mais puro 'achomêtro', sem nenhum rigor científico, sobretudo no que se refere a 2010, merecer tamanho destaque, a ponto de ficar horas a fio como manchete principal da capa do iG, às vésperas das eleições, cheira muito mal. É uma descarada ato de campanha eleitoral com o intuito óbvio de induzir o voto, que desequilibra o noticiário político-eleitoral. Coisa muito diferente seria apresentar a opinião de 3 dirigentes de institutos de pesquisa que tivessem opinião distintas. Ajudaria a reflexão sobre o cenário político. Mas dar tamanho destaque a uma única opinião, em nítido favorecimento a um dos candidatos à prefeitura, francamente....Se o iG tem lado nas próximas eleições, que explicite isto publicamente. Seria uma atitude respeitável e muito mais honesta para com os internautas.'

Este ombudsman achou o evento tão deslocado que fotografou a capa do iG:


Duas coisas:

1) o iG deveria explicar manchete tão inusitada por tanto tempo, sendo que o palpite não está objetivamente apoiado em nenhuma pesquisa específica, O pior é que a manchete vem às vésperas de uma eleição. Significa algum tipo de opção eleitoral?

2) Será que alguém vai se lembrar de cobrar da bola de cristal de Montenegro daqui a dois anos, na eleição presidencial, caso Serra não seja o eleito?".

lembra a pilha de dólares empilhadinhos cuidadosamente nas capas e vitrines de toda a mídia em 2006? será que vai sempre acontecer isso, toda vez, toda vez, toda vez? ou um dia a gente vai conseguir dar um basta no desplante alcoviteiro e sibilino dessa tropa de elite? arre.

(p.s. alguns minutos mais tarde, que eu não tinha atentado para o detalhe: viu quem está abraçando o lula na foto logo abaixo do factóide "só vai dar serra em 2010"?, e viu a legenda que acompanha o abraço? manja satanização, demonização gorsseira? pois é.)


(*) só para quem não lembra e/ou não sabe: "serafina" é o nome da revista de celebridades da "folha de s.paulo". e é o nome da falecida mãe do governador paulista josé serra, aquele poço de candura e transparência (e, sim, a quem interessar possa, eu voto marta neste domingo).